O último dia 8 de janeiro de 2025 marcou os dois anos dos ataques à democracia na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que exigia que o Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, deixasse o cargo recém-empossado.
A fatídica data, no ano de 2023, entrou para história como o dia que pessoas comuns invadiram alguns dos principais símbolos da República por não concordaram com o resultado das eleições de 2022.
Isso porque Lula (PT) venceu o ex-Presidente Jair Bolsonaro (PL), no 2º turno, retornando pela terceira vez ao Palácio do Planalto. A cientista política Silvana Krause criticou a fragilidade da democracia.
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2 anos do ataque à democracia brasileira tem cerimônia no Governo Federal
Uma cerimônia organizada pelo governo marcou o segundo aniversário dos ataques de 8 de janeiro em Brasília. Durante o evento, 20 obras de arte danificadas foram devolvidas ao Palácio do Planalto.
A Polícia Federal desvendou recentemente que militares arquitetavam um plano de sequestrar e matar o Presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Morais.
Inclusive, Lula discursou durante a cerimônia e fez menção à tentativa de assassinato contra ele e outras autoridades. O presidente destacou que, embora houvesse tentativas de enfraquecer a democracia, ela se manteve firme.
“Hoje, é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui para dizer que nós e a democracia estamos vivos. Ao contrário do que planejaram os golpistas de 8 de janeiro de 2023. Todos pagarão pelos crimes que cometeram, inclusive os que planejaram o assassinado do Presidente, do Vice-Presidente da Rapública e do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral”.
O discurso foi recebido com aplausos e apoio, embora a plateia tenha mostrado reações de desconforto em alguns momentos. No fim, a cerimônia foi encerrada com a entrega de uma medalha de ouro a Lula.
Cientista política critica segurança do Brasil
Passados dois anos da invasão, a cientista política Silvana Krause avaliou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que “a democracia está fragilizada”.
Para Silvana, também professora do programa de pós-graduação da UFRGS, o período é similar ao vivido em 1964, a Ditadura, que culminou no Golpe Militar.
“A liberdade é construída a partir de um contrato, a partir das instituições. Liberdade não é fazer o que se quer. Liberdade não é a destruição das instituições. Uma coisa é ter críticas às instituições da democracia, o que é salutar, e outra coisa é querer destruí-las para construir outra coisa que não seja o Estado de direito democrático”.
A cientista comentou sobre a manipulação do conceito de liberdade e a punição aos envolvidos na tentativa golpista. Segunda ela, precisa existir uma forma para evitar uma nova oportunidade de agressões antidemocráticas.